sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O nosso papel na valorização

É necessário a valorização da odontologia. No que diz respeito ao poder público no que tange aos municípios ainda observamos claramente o inverso. Quanto ao setor privado, nosso, menos berrante, porém também presente em muitos colegas.


Quanto à classe profissional odontológica graduada há de haver uma auto crítica a valorizarmos nossos procedimentos e nossas condutas frente ao paciente.


Quantos de nós ainda denominam instrumentos com nomes bem distintos dos reais: Fórceps “chifre de boi”, “alavanca flecha”. Quantos ainda carimbam como "dentistas" em detrimento de Cirurgiões-Dentistas. Procedimentos como “arrancar um dente”, “dentadura”, “roach” ou “fazer uma curativo”. Claro que ao explicarmos um procedimento falamos estas denominações, mas é importante narrarmos também o nome correto. Quantos de nós ainda não faz uma reta anamnese com um bom exame clínico devidamente registrados em um bom prontuário odontológico e não em uma “fichinha”. Quantos não “perdem” tempo neste preenchimento. Quantos de nós ainda estampam em suas placas de propaganda um dentinho ou uma escovinha de dentes?


Plantamos uma cultura dental, mas, ainda, não odontológica.


Quando redijo e critico o "poder público" posso, sem chance de erro, aliviar a União. Creio, e são fatos que me fazem pensar assim, que nunca a classe odontológica fora tão valorizada como com o recente passado e atual Presidente da República. Pela primeira vez vejo tantos investimentos em Programas da Família - PSF´s - e os Centros de Especialidades - CEO´s. Valorização, pois demonstra necessidade de investimentos financeiros no setor pelo governo federal.


Quando analisamos municípios é que percebemos em alguns um verdadeiro descaso.

Existem hoje no Brasil quanto ao saúde bucal pública a inclusão de odontólogos dentro das equipes de PSF´s. A assinatura da lei dos incentivos financeiros a serem repassados pela União aos municípios fora ainda realizada por Fernando Henrique, Presidente à época, e melhoradas no decurso dos anos. Porém, foi com Lula que a odontologia pública passou a crescer. Não que seja ou deixe de ser partidário. Esta não é a questão aqui. Apenas elogio a quem merece indiferente às ligações político-partidárias. Mas, quantos municípios ainda não tem os Cirurgiões-Dentistas incluídos nos PSF´s ou os tem em pouco número?


A inclusão de dentistas nos PSF´s é o que há de mais moderna "ferramenta" para melhorar-se a saúde bucal da população. A idéia de se levar a prevenção às doenças que é alicerce dos programas já é defendido pela Odontologia a muito tempo. Acreditávamos nisto desde os primórdios do nascimento da nossa ciência e agora vemos isto ser por demais valorizado pelo Estado.


Mas, infelizmente existem ainda governantes que não entendem o trabalho e criticam a prevenção das doenças bucais mais comuns. Acreditam que lugar de dentista é dentro dos consultórios e a presença destes profissionais a realizar prevenção é desnecessário ou fuga dos serviços "realmente necessários" como tratamento. Não vêem, estes, que não se dará conta de tratar os doentes se eles crescem vertiginosamente, caso ausente os cuidados preventivos por as principais doenças bucais serem causadas pela má higiene bucal. Arcaísmo administrativo.


Estes governantes tendem, ainda, a valorizar a produção mensal como capaz de analisar por si só os trabalhos desenvolvidos pela equipe. Valoriza-se números em detrimento à qualidade e resolutividade. Claro que quando a administração é leiga e não se tem um técnico a ser consultado os primeiros valorizam muito a quantidade. Um erro facilmente corrigido a partir do momento que se valorizar a pessoa dos Coordenadores Municipais da Saúde Bucal. Como técnicos na área têm capacidade aguçada em gerar análises e comentários por conhecer a ciência odontológica e os recursos humanos que dispõem.


Quase sempre existe o referido coordenador, porém, contratado e apenas como uma figura que deve ouvir críticas pontuais, mas não a propor soluções ou melhorias no setor. Caso, assim, haja é destituído do cargo por afrontar a administração que, infelizmente, talvez queira ser inerte ou inoperante.


Quando se cobra produção em saúde corre-se o risco de perder-se qualidade, principalmente quando os profissionais não são efetivos, pois estes contratados são meros expectadores amedrontados pelo resultado do jogo. Neste aspecto os efetivos podem fazer a diferença por não temerem a administração e poderem de forma correta conduzir a odontologia municipal a ser resolutiva quanto aos problemas locais.


Leia também neste blog A VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO PELO GOVERNO FEDERAL

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Odontologia no SUS


A odontologia pública tem uma grande demanda como não poderia deixar de ser e tem preocupação social. Neste contexto os departamentos odontológicos devem se preocupar com a imagem que o povo e governos fazem dele, pois é a partir desta construção positiva que se pleiteiam investimentos no setor e possibilita, ainda, a dinamização do alcance dos benefícios da prevenção aos estudantes.

A existência de programas de prevenção em saúde bucal é fundamental por as escolas permitirem o encontro da equipe com um maior número de alunos ao mesmo tempo e torna possível trabalhar a consciência aliada a técnicas de higiene que quase sempre são permeadas por muita criatividade e empenho. É possível, ainda, o preparo do corpo docente para multiplicar as ações quando da ausência dos técnicos odontológicos. Os levantamentos epidemiológicos são ferramentas importantes para efeito de pesquisas sobre a saúde bucal dos estudantes, mas é necessário a verificação de não existência de controvérsias entre o programa preventivo-clínico existente no período e os resultados acusados.

A quantidade de procedimentos e atendimentos clínicos é diretamente proporcional ao número de cirurgiões-dentistas existentes, a quantidade de auxiliares e à estrutura física presente. A população aumenta a cada ano e, assim, consequentemente deve-se também aumentar proporcionalmente o número de profissionais públicos e com eles, caso necessário, o espaço físico e equipamentos.

A relação entre prevenção e atendimento clínico deve ser observada. O sucesso da prevenção corretamente aplicada deve reduzir com o tempo o atendimento clínico, mas ela por si só não atende integralmente as necessidades nem tampouco os tratamentos isoladamente.

A desmotivação em toda a equipe pode existir caso ela perceba ou desconfie dos caminhos que não conduzem à melhora da saúde bucal pela falta de programação, inexistência de investimentos, atividades preventivas ineficazes e desinteresse governamental. É necessário programar, sistematizar metas mensais e anuais e, principalmente, motivar a equipe com esses bons resultados e/ou bom trabalho para que ela a cada dia busque mais. A procura por investimentos orçamentários desde a compra de produtos de consumo até a contratação de profissionais no atendimento e melhores resultados na prevenção devem ser focados.

O alcance de bons resultados é conseguido, então, no programar e informar a todos envolvidos o que se busca e onde se pretende chegar e a importância de cada um no contexto da saúde pública. Claro que antes está a construção de um programa de atendimento clínico-preventivo adequado à realidade populacional naquele momento e apoiado pelos gestores, pois os programas devem ser dinâmicos.

Forma-se, assim, um ciclo onde todos são importantes: A população percebe a seriedade da odontologia e sua importância para a saúde, os governos que passam a investir tanto nos aspectos físicos quanto de recursos humanos por perceberem uma necessidade social possível de ser atendida contando inclusive com apoio da União, a equipe de profissionais que se sentirá revestida de metas viáveis e possíveis de alcance e reconhecida pela administração, professores que ao perceberem esta condução dinâmica se mostrarão mais motivados e, finalmente, o reflexo positivo na saúde bucal da população. A falência de qualquer um dos elementos constitutivos deste ciclo conduz ao fracasso da odontologia pública.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gripe Suína

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o fato de o vírus da gripe suína circular em território nacional muda o
cenário da doença no País. De acordo com ele as pessoas precisam ficar mais atentas aos sintomas.

H1N1

O H1N1 Influenza A tem levado a mais de 250 mortes no Brasil em menos de 30 dias. A propagação ocorre rapidamente e os municípios devem estar atentos. Conhecida popularmente como gripe suína a doença não deve ser menosprezada.

A nova gripe tem assustado a todos e o sensacionalismo jornalístico tem tomado conta dos noticiários do nosso dia-a-dia. Espanta a todos nós brasileiros, pois nunca se viu tanta mobilização em virtude de uma doença nos últimos anos. Nem mesmo a dengue provocou tantas alterações no cotidiano em tão pouco tempo.

Administradores públicos adiam retorno às aulas, proíbem aglomerações em cinemas, igrejas, escolas, faculdades, casas noturnas e shoppings. Grávidas tem licença do trabalho ou são levadas a trabalharem em outros setores e velórios e enterros de falecidos pela nova gripe também são alterados. Tantas mudanças na rotina foram sugeridas ou, por vezes, impostas em tão pouco tempo objetivando a cercar o avanço do H1N1.

Informar à população sobre a doença é fundamental focando ser uma gripe e, assim, de bom prognóstico uma vez submetido a tratamento. Orientar, embora a imprensa não divulgue, que o número de casos tratados e que não são levados ao óbito é muito maior que as mortes pelo vírus anunciadas a todo tempo pela imprensa.

Cabem às Secretarias Municipais os cuidados devidos a evitar a propagação mais do que já ocorreu até hoje. Não se deve menosprezar que a Influenza A mata se não tratada. Que se deve ficar atento aos sintomas. As comparações do vírus com outras doenças em muitas vezes pode conduzir equivocadamente o povo a banalizar o H1N1. Há que se evitar mais mortes e se ainda se pensa que o mal não ocorrerá aqui ou ali é ledo engano. Questão de tempo apenas. A melhor postura é informar e quando procurar auxílio profissional, mas não transparecer ser o H1N1 pouco preocupante.

Não devemos aguardar o primeiro óbito para implementarmos medidas preventivas. Toda a equipe de trabalho escolar deve ser orientada. Nos ambientes públicos que cuidam das doenças – SUS – todas as equipes de trabalho também devem ser informadas de como proceder e o que evitar. Investimentos financeiros são necessários para criar condições seguras de trabalho e a informação sobre a nova gripe às equipes de trabalho conduzida pelas próprias secretarias e não somente pela imprensa. A população deve ser orientada sem omissões e com transparência dos dados estatísticos, as informações verídicas e os cuidados devidos de cada brasileiro. Não se deve permitir que a ignorância sobre o tema seja responsável pelo avanço e por mais mortes.

sábado, 25 de julho de 2009

Turma do Sorriso





A “Turma do Sorriso” fez mais uma apresentação teatral e desta vez na Gerência Regional de Saúde – GRS - de Manhumirim na quarta-feira, dia 01/07/2.009 no Seminário Regional de Humanização, Comunicação e Mobilização Social realizado no auditório do organismo estadual com a presença de referências técnicas da Secretaria de Estado da Saúde de Minas, gestores e referências técnicas dos 36 municípios que estão sob a jurisdição da GRS e representantes dos hospitais contemplados pelo PROHOSP.

O projeto é do Departamento de Odontologia de Luisburgo que durante sete dias pôde fazer apresentações tanto nas escolas rurais do município quanto na estadual totalizando um público de aproximadamente 2 mil crianças. “O objetivou da nossa proposta é a humanização no atendimento, melhorar o acolhimento diminuindo a distância entre a equipe odontológica e os estudantes sendo que a prevenção em saúde bucal é foco das apresentações”. Comentou Dr. Keller Filgueiras.

De forma engraçada e irreverente recheada de bom humor e interação com o público a todo tempo a “Turma do Sorriso” é composta pelos cirurgiões-dentistas Dr. Keller Filgueiras, Dra. Maria do Carmo B. Pereira, Dra. Fernanda Alves de Souza Dutra e Dr. Felipe José Caiafa F. Silva. Ainda compõem Berenice de Oliveira Lacerda, enfermeira, e as auxiliares de saúde bucal Rosilene Hott Carvalho Knupp, Josiane Heringer de Souza Morais, Luciney Hott da Cunha de Moura e Hérica Aparecida de Souza.

“Todas as fantasias usadas no teatro foram idealizadas pela própria equipe que demonstrou na apresentação que com um pequeno investimento, mas com muita criatividade é possível abordar saúde bucal”, destaca Dra. Fernanda Alves, coordenadora do setor.

Numa das últimas apresentações realizadas no município em junho, a Dra. Andressa Aparecida Duarte de Aguiar, Dra. Joseana Cerqueira Carvalho e Dr. Evandro Carvalho Dornelas – todos da GRS - puderam presenciar, conhecer o trabalho e valorizar o projeto. Desta forma, surgiu o convite para a equipe estar em Manhumirim no Seminário ocorrido que tratou também a humanização. “Temos orgulho de fazermos este trabalho e que em momento algum intui a questões salariais, mas antes de tudo, à realização pessoal de podermos estampar nos rostos das crianças um maravilhoso e belo sorriso às vezes acompanhado de lindas gargalhadas”. Afirma Dr. Keller.

Saúde, candidato



Escrevi esta carta e enviei via e-mail a todos os comitês presidenciáveis no ano de 2002. Há quanto tempo!
Respaldado em tristes estatísticas daquele período, critico a "saúde" que eles defendiam nos discursos. Uma farsa e total desconhecimento do termo.
Você se lembra quais eram?
1 - Ciro Gomes
2 - José Serra
3 - Anthony Garotinho e, também
4 - Luiz Inácio, o Lula, atual presidente na 2ª gestão que tem dado um grande destaque à classe odontológica. Nunca vi um que investisse tanto na Odontologia até hoje. Será que ele leu ou teve acesso ao conteúdo do relatado abaixo e viu que a odontologia também dá votos e que nela vale investir? Que o povo precisa dos nossos trabalhos? Que devemos ser valorizados?
Leia o texto.
Caro Presidenciável Uma dura realidade desconhecida pela proposta para a “saúde”. Como profissional em odontologia atuante no sudeste venho demonstrar uma amarga realidade existente em nosso querido país. Uma verdade que de há muito assola-nos, nós e os pacientes brasileiros. Caro presidenciável, é lamentável ouvi-lo revelar suas propostas para a área de “saúde”. O que você e sua equipe entendem por este termo? Primeiramente gostaria de dizer-lhe que envio esta a todos vocês, candidatos a vaga na presidência do Brasil, e, também, aos Conselhos Regionais de Odontologia de Minas Gerais e ao Federal de Odontologia. Aos primeiros por perceber em todas as campanhas um inteiro descaso para com a SAÚDE. A verdadeira SAÚDE. Aqui defenderei a classe odontológica, mas vale lembrar dos outros profissionais, não contemplados em sua proposta de governo, responsáveis por propiciar o bem-estar físico, moral, cultural aos brasileiros: Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas, Psicólogos, Nutricionistas, Farmacêuticos e Bioquímicos, Terapeutas Ocupacionais e Médicos. Estes últimos somente foram lembrados neste texto para mostrar que são apenas um dos integrantes da verdadeira SAÚDE que acredito ser a que você deveria estar defendendo. No Brasil o número de Cirurgiões-Dentistas(CD´s) é de 171 557. Uma proporção de 1 CD para cada 1050 habitantes. Enquanto a Organização Mundial de Saúde preconiza a proporção de 1 CD/1.500 Habitantes. Porém, mal distribuídos pelas regiões, tendo um grande número amontoado no Sudeste com carências no Nordeste e Norte do país. O número de graduados em Odontologia lançados no mercado anualmente passa de 12.000. A população brasileira cresce por ano em torno de 2,1% enquanto a nossa classe tem um aumento de 6% neste mesmo intervalo. No Brasil existem 129 Faculdades de Odontologia. Aguardando autorização para funcionamento, esperam na fila mais 34. Para efeito comparativo nos Estados Unidos existem para uma população de 280.000.000 um total de faculdades para graduação de CD’s de 89 unidades. A desproporção existe em todos os dados apresentados. Somos muitos, caro Presidenciável, mas não o suficiente para apresentarmos propostas ao Congresso Nacional para melhorarmos nossas vidas e também dos pacientes que de nós necessitam. Precisamos de Você, futuro Presidente do Brasil. Amargamos no setor público com salários baixos e, quando imploramos reajustes mínimos recebemos como resposta: “Existem muitos na fila de espera, pode se demitir!”. Acredito não ser uma resposta digna, pois trabalhamos com amor à profissão que nos graduamos e fazemos com muito respeito os atendimentos do setor. Resposta embasada no número de graduandos anuais. Oferta excessiva de profissionais. Já em tramitação no Congresso Nacional lei que fixa piso salarial para nossa classe em torno de R$ 1.300,00(Hum mil e trezentos reais). Não o ideal, mas se aprovado será que os governos municipais e estaduais irão cumpri-lo sem dar como resposta a inexistência de recursos financeiros? Ouve-se muito na atualidade falar sobre os Programas de Saúde da Família - PSF. Interessante que nestas equipes comtempla-se médicos e enfermeiros. Que saúde é esta? O Governo Federal pode por ventura argumentar que a Odontologia já deveria ter sido inserida, pois incentivou esta ocorrência. Sim, é verdade, incentivou e nada mais. Incentivo é incentivo e determinação é outra coisa. Se ao contrário a referida administração determinasse, aí sim, estaríamos nós, CD´s inseridos e a população com grandes melhorias em sua saúde bucal. Mas, o estímulo dado também é pouco, vejamos: Para cada equipe odontológica instalada a Administração Federal paga R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) para compra de equipamentos. Isto não paga nem o custo de uma cadeira profissional. Além disto para uma equipe composta por CD e uma auxiliar o valor gira em torno de R$ 1.100,00 (Hum mil e cem reais) mensais por uma jornada de 8 horas diárias 5 vezes por semana. Ou seja, para se trabalhar nesta o profissional nem pode possuir consultório particular, pois qual horário poderia nele atender? Que incentivo é este? Caro futuro Presidente do Brasil, para a SAÚDE do seu povo é necessário a nossa inserção no referido programa, porém com bons salários para exercermos dignamente a autêntica profissão odontológica. Observa-se na mídia colocada pelos governos até hoje uma intensa valorização da ciência médica. Alertas contra o câncer de mama, hanseníase, tabagismo, AIDS, etc. Verifica-se campanhas do Ministério da Saúde em torno de várias enfermidades como vacinações, tuberculose, dengue, hanseníase e outras. Impresso está nos blocos de receituários: “Mãe dê leite materno ao seu filho”. Onde está a valorização da Odontologia, da Saúde Bucal. A boca não pertence ao ser humano. Você é desdentado e usa prótese total? O Sistema Único de Saúde, SUS, não paga reabilitação bucal das pessoas que lá são mutiladas pelas extrações dentárias. É, não consta na tabela SUS este tipo de procedimento. Então, ficam os pacientes desdentados. É, banguelos! A Saúde Pública não se preocupa com isto. A população que tem acesso aos tratamentos odontológicos está compreendida entre 0 e 14 anos até pouco tempo, pois antes era a faixa etária de 5 aos 14 anos. Mais um problema surgiu com a inserção de zero aos 4 anos, pois a grande maioria de nós, profissionais da ciência odontológica, não tem capacitação técnica para tratarmos estes últimos e, nem condições financeiras de nos especializarmos com os salários recebidos dos governos enquanto trabalhadores da Saúde Pública. Caro futuro Presidente, torna-se necessário com extrema urgência a modificação de todo este panorama relatado quanto ao Ministério da Saúde. Algo necessita ser realizado pela sua equipe uma vez lá em cima quanto a incentivar CD´s a procurarem regiões com carência de profissionais da Odontologia. Salários melhores do que o que se paga no Sudeste e Sul do país talvez seria uma boa solução. Hoje um mestre em Odontologia recebe no magistério em torno de R$ 2.200,00 (Dois mil e duzentos reais) e um doutor algo em torno de R$ 4.200,00 (Quatro mil e duzentos reais) para uma jornada de 40 horas semanais. Dedicação exclusiva. È preciso dar mais valor a estes que são responsáveis pela graduação de mais de 12.000 CD´s ao ano em nosso país e melhorar o acesso aos cursos de mestrado e doutorado no que diz respeito as bolsas de estudos. Um professor universitário tem dispensa de suas atividades pedagógicas para pós-graduação e continua recebendo mensalmente até a conclusão. Correto isto, porém um CD não participante de corpo docente algum não tem esta mesma situação e terá então que utilizar-se de bolsas de estudo que acredito não passar de R$ 1.000,00(Hum mil reais) mensais. Como realizar uma pós-graduação desta forma? A avaliação de cursos realizada pelo MEC é muito válida. É preciso que se coloque em prática o que ali é levantado. Fechamento das Faculdades com piores conceitos de forma radical, pois lançam no mercado profissionais desqualificados que colocam em risco a saúde da população. E por falar em desqualificados, não poderíamos esquecer dos “Ilegais da Odontologia” defendidos pelo deputado Paes Landim que até mesmo tentou legalizar as suas atuações com um projeto que defendia que após alguns anos de exercício odontológico ilegal deveriam ser considerados como CD´s. Futuro Presidente da nação brasileira, mesmo dentro dos órgãos de governo observa-se loucuras como esta. É uma tremenda desvalorização de nós, graduados como Cirurgiões-Dentistas. Deve-se sim, fechar os consultórios destes. Quando se ouve dizer que é a população pobre que procura por estes loucos, pois não têm condições financeiras de nos procurar dever-se-ia pensar em oferecer de forma universal todos os procedimentos odontológicos à população através do SUS e dar cadeia aos “ilegais” por exercício ilegal da odontologia, formação de quadrilha, lesão corporal e outros tantos enquadramentos jurídicos. O marketing elegante realizado pelas grandes empresas deveria ser orientado também ao governo brasileiro. Durante a Copa do Mundo de Futebol deste ano observou-se a Brahma com uma vibrante tartaruga que ao se falar neste animal sempre se lembrava daquela cervejaria. A Coca-cola colocou o jogador de futebol Romário para sempre ser lembrado como marca daquele refrigerante. Infelizmente nas esferas governamentais somente a medicina lembra saúde no meu país. Presidente, conto com você e espero ouvi-lo falar sobre a verdadeira SAÚDE a partir de agora.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Programas de Saúde Bucais Públicos:

A prevenção aliada ao atendimento clínico.
O atendimento clínico pela odontologia só se torna resolutivo se acompanhado por correta prevenção: Conduzem à saúde bucal. O paciente pode disponibilizar recursos financeiros necessários ao tratamento com cirurgião-dentista, mas se não seguir os critérios preventivos perde-se aquilo que fora feito ou surgem novas doenças. No Sistema Público o raciocínio também é válido e não se deve entender os programas de saúde bucal públicos como estáticos e inertes, mas sim como importantes mecanismos passíveis de reordenamento e reorganização a todo tempo.

Existe uma grande demanda reprimida de brasileiros carentes de atendimento odontológico curativo. Assim, cabe ao Estado dar a atenção a estes. Mas não cabe só ao governo propiciar a saúde bucal do povo, mas há de se ter envolvimento individual com os cuidados preventivos.

Creio que o que deve ser evitado no atendimento público odontológico é realizar o atendimento clínico de determinada pessoa e não propiciar a ela a higiene bucal supervisionada por no mínimo uma vez por dia e acompanhar estatisticamente a história bucal destes já tratados por no mínimo uma vez ao ano. Experiências existem de crianças de 12 anos atendidas na sua integralidade pelo setor público e que, infelizmente, ao completarem 20 ou 25 anos já usam próteses totais. Acreditaram que somente por se sentarem na cadeira odontológica do SUS e serem atendidos uma vez estariam imunes às doenças bucais e descuidaram totalmente de aspectos primitivos e fundamentais à saúde que é a higiene com escova, creme dental e fio. Mas, também existem estudantes que realizaram o tratamento público e que apresentam toda a dentição anos e anos mais tarde. Assim como também crianças que nunca foram atendidas pela odontologia curativa, mas pela preventiva apenas – pública ou particular – que não tem necessidade de atendimento clínico. Não apresentam as doenças bucais mais comuns. Apostaram apenas na prevenção e acertaram.

Um verdadeiro programa público de saúde bucal há de privilegiar a prevenção antes mesmo do atendimento clínico. Deve-se buscar a assimilação dos cuidados básicos em odontologia passíveis de realização doméstica e longe dos consultórios. Somente após esta inculturação é que deve ser implantado o tratamento clínico.

Os governantes acreditam, por serem leigos, que apenas obturações, selantes, extrações e “limpezas” atendem às necessidades do povo. Isto até dá voto, mas sozinho não resolve esta carência brasileira.

Há que se mudar a consciência dos políticos e do povo. Dos brasileiros para que entendam que antes de tratamento deve vir a prevenção. Dos agentes políticos para que busquem a resolução do problema de forma efetiva melhorando os índices de doenças bucais, planejando metas viáveis de alcance e mensuráveis para que sejam os resultados clínicos criticados a posterior e, principalmente, ofertar a prevenção em saúde bucal com investimentos na capacitação de pessoal e recursos para o trabalho de campo. Há de se privilegiar a prevenção em odontologia como ferramenta mais eficaz a qualquer programa de saúde bucal.

Deve-se, ainda, se questionar se realmente aquilo que está sendo realizado nas cadeiras odontológicas estão sendo conservados pelos pacientes e por quanto tempo. Em algumas cidades, creio, pode se estar realizando atendimentos com grande número de tratamentos concluídos, mas por falta de prevenção todo o investimento em pessoal, produtos e estrutura se perdem. Há que se mudar a dinâmica, caso se perceba que não está sendo resolutivo aquele programa.

O Brasil tem investido em saúde bucal






Em toda história da odontologia do país jamais se viu tantos investimentos e tanta vontade de mudar o panorama caótico da saúde bucal dos brasileiros que dependem do setor público. Não digo que isto é o ideal, mas diria ser já um enorme passo político à contemplação das necessidades odontológicas da população.

Por que digo não ser ainda o ideal? Por aquilo que nós, profissionais da saúde bucal, buscamos é ausência de doenças ou, no mínimo, uma redução dos percentuais de procedimentos curativos no povo. Avançaria o raciocínio, obviamente, não só a nós, mas também a todas demais profissões que labutam na saúde dos indivíduos. Buscamos, juntos, a saúde do indivíduo e, infelizmente, quando pensamos saúde no Brasil associamos isso à cura das doenças. Estas existem, em muitos casos, por que em algum momento faltou prevenção ou ela foi mal concebida, não bem empregada, não bem praticada. Buscar a verdadeira saúde é função nossa e deve ser também o objetivo de cada um dos milhões de brasileiros. Ela vai desde moradia com a estrutura de saneamento básica ou mínima, educação, alimentação, expectativa de vida, emprego, renda, dentre outros e a saúde pública. Esta última é parte apenas da verdadeira saúde que milhões de nacionais não tem, mas creem ter por conseguirem a cura de seus males do corpo apenas.

Como relatei nunca se viu tantos investimentos federais na saúde pública odontológica como nos últimos anos. Isto é importantíssimo no contexto do Brasil. Como são milhões a dependerem do setor governamental com tratamento já das doenças, temos, então, que investir na demanda reprimida existente. Assim, temos um grande crescimento, na verdade enorme, no tocante à implantação das equipes odontológicas inseridas no contexto dos Programas de Saúde da Família – PSF´s. Percebemos avanços também nos chamados Centros de Especialidades Odontológicas – CEO´s.
Qual a relação entre eles? Os CEO´s, uma vez implantados nos municípios, servem de referência aos encaminhamentos oriundos dos PSF´s por terem apenas especialidades odontológicas como Protesistas, Periodontistas, Endodontistas, Atendimento a Pacientes com Necessidades Especiais e Cirurgiões. Assim, o profissional clínico no PSF encaminha à especialidade quando necessário for.

No Brasil dos 5565 municípios, 4614 já aderiram à proposta do Governo Federal em incluir Equipes de Saúde Bucal – Vide gráfico acima - democratizando o acesso dos profissionais cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares em saúde bucal à população e, consequentemente, reduzindo por tratarem as doenças bucais. Não como ainda deva ocorrer – como foi narrado - mas já, com certeza, é um grande, um gigantesco passo para um país que não reconhecia a odontologia como importante à saúde geral do indivíduo.

Saúde Bucal e Professores:




A parceria que deu certo

A parceria escola e saúde bucal é uma soma fundamental ao sucesso de qualquer programa público em odontologia por oportunizar aos escolares o contato diário com a prevenção realizada pelos professores a garantir, no mínimo, uma escovação cotidianamente. Embora não o ideal, mas menos ruim. Pior seria a certeza de não ocorrência de nenhuma higiene bucal no dia.

A rede pública de ensino é, já em grande parte dos municípios, uma grande responsável pela diminuição dos índices de cárie e doença periodontal em crianças em idade escolar.

Corretamente capacitados pela equipe odontológica a promoverem saúde bucal, o corpo docente torna-se um importante instrumento a contribuir por um Brasil melhor e mais humano.

Diria humano por eles, professores, desenvolverem uma atividade para a qual não são remunerados nem tampouco, creio, contratados ou nomeados pela rede de ensino ao cumprimento de tal objetivo. Neste sentido multiplicam em muitas vezes o alcance da equipe de saúde bucal pelo empenho, carinho e atenção pura e simplesmente.

A escola que até algum tempo atrás objetivava ao ensinamento das ciências, sucumbiu à saúde bucal e muitos outros temas, inclusive a educação cidadã que muitas vezes não é compreendida pelos pais.
Nesta falta de entendimento do que é função escolar muitos pais – por necessidade ou não – entregam os filhos aos cuidados da escola quase que na integralidade delegando funções paternas ao professor, diminuindo o tempo de convivência e não reforçando a base da sociedade, a família.

Na dinâmica diária esquecem os pais que os professores têm também limitações advindas da própria vida com seus anseios, preocupações, lamentações, frustrações, alegrias e esperanças. E que este mesmo professor tem problemas como todos nós. Há de sobrar ainda alegria a contaminar seus alunos. Há de ter-se tempo para o perfeito preparo das aulas. O professor ainda terá que garantir a formação cidadã da classe.

Diante de todo este panorama onde a família não pode estar junto do filho a equipe odontológica deve ser criativa a oportunizar momentos de alegria e descontração aquelas crianças que já tem distantes seus progenitores. Claro que para isto é fundamental o envolvimento de toda a equipe odontológica disponível para a saúde bucal e disponibilidade de recursos. Não grandes aportes financeiros, pois em sendo criativas as propostas, podem-se conseguir grandes resultados com poucos investimentos.

Levando o filho ao consultório odontológico


A criança com seis aninhos chorando entra no consultório junto à mãe. Tem algo que a mamãe pode fazer para aliviar esse temor?
O profissional deita a criança na cadeira e pergunta o nome. A mãe responde.
O Cirurgião-dentista pergunta a idade ao filho. A mãe também responde.
Segue a pergunta de o que está a incomodar e a mãe novamente responde.
O que o profissional desejava era aproximação do menor através do diálogo. Conseguir a atenção e confiança para somente após examinar e, se possível, executar algum procedimento, exceto em urgências.
A situação ainda é piorada quando a mãe ainda diz ao filho: -“Filho, o doutor só vai olhar”. Pronto. Está dificultado ainda mais o entendimento da criança.
Tudo o que é dito ao filho é tido por ele como uma verdade incontestável e aí há que se tomar cuidado para não informar erroneamente.
Ao informar que só irá olhar, a criança pensa de o porquê de o profissional estar enfiando esse ou aquele instrumento pontiagudo ou arredondado na minha boca? E o pior que pode acontecer: Por que esta agulhada?
A criança a partir dessa idade já tem grande entendimento e já pode ser informada daquilo que irá ocorrer dentro do consultório sem mentiras ou omissões.
Na grande maioria das vezes uma criança que em uma primeira consulta mostra-se resistente devido a informações incorretas sobre o atendimento apresenta-se posteriormente colaborativa uma vez instruída pela mãe.
É um grande erro mentir ou omitir informações da criança quanto ao trabalho do Cirurgião-dentista. Pode até permitir a chegada do filho ao consultório, mas quase sempre dificulta ou impede o atendimento.
Certo é orientar sobre a necessidade do atendimento, o que ocorrerá do início ao fim da sessão podendo ser perguntado ao profissional para posterior informação ao filho e, principalmente, as vantagens de permitir o atendimento e de se ter uma boa dentição.
A criança ter medo é um ato comum de qualquer ser humano em vistas ao desconhecido, principalmente numa área tão nobre como é a cavidade bucal relacionada diretamente à alimentação como suporte fundamental à manutenção da vida e social por permitir a comunicação e o convívio com os semelhantes. Cabe à mãe diminuir esse temor com o correto diálogo tendo que tudo o que ela disser é verdade.

Projeto proíbe criação de cursos de Odontologia

O Projeto de Lei 1823/03, do deputado Geraldo Resende (PPS-MS), que proíbe a criação de novos cursos de odontologia e a ampliação de vagas nos já existentes está sendo apreciado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Geraldo Resende defende a aprovação da medida ao explicar que, segundo o Conselho Federal de Odontologia, existem hoje no Brasil 152 cursos de graduação nessa área formando anualmente 13.500 novos profissionais. “E muitos desses profissionais sem a adequada formação”, ressalta. “Como na questão que envolve a medicina há também a necessidade de se proteger a população contra a grave ameaça resultante dos cursos de má qualidade", afirma o parlamentar.
Saúde Bucal

O autor do projeto destaca que o aumento no número de profissionais em relação à população não tem sido um indicador da melhoria nos níveis de saúde bucal tendo em vista a prevalência de 3,5 "dentes de leite" atacados pela cárie em crianças com três anos de idade. Resende explicou que a proporção da cárie se eleva de acordo com a idade. Aos sete anos a dentição permanente já tem um índice de 2,8 dentes cariados, perdidos e obturados (CPO). Aos onze anos, 5,8. Aos quatorze, 11,2. Na faixa etária de quinze a vinte anos, 15 dentes. Na de vinte a 25, 18,2. Na de
trinta a quarenta, 22. E, de cinqüenta a sessenta, 26,4 dentes cariados, perdidos e obturados.

Tramitação

O Projeto de Lei 1823/03 foi apensado o PL 3340/00 do ex-deputado Renato Silva que determina que a criação de novos cursos superiores de direito dependerão de parecer da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Cursos de odontologia, medicina, psicologia e veterinária dependerão de parecer da representação local dos respectivos conselhos regionais de classe. Quanto à odontologia dos Conselhos Regionais de Oddontologia – CRO´s.

Também estão tramitando em conjunto com o projeto do ex-deputado Renato Silva o PL 5263/01 da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que exige a manifestação dos Conselhos Federais com relação à criação de novos cursos de medicina, odontologia, farmácia, fisioterapia, medicina veterinária, psicologia e direito.

As matérias serão apreciadas também pelas comissões de Economia, Indústria e Comércio, e de Constituição e Justiça e de Redação. Caso sejam aprovadas seguirão para o Senado, desde que não haja requerimento de parlamentares para apreciação pelo Plenário da Câmara.
Agência Câmara
Fonte: http://www.odontologia.com.br/noticias.asp?id=441&idesp=11&ler=s

Comissão aprova projeto contra profissional ilegal


A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou substitutivo ao Projeto de Lei 4293/01 do deputado Carlos Batata (PSDB-PE) que prevê pena de seis meses a dois anos de detenção para quem exercer ilegalmente as profissões de veterinário, enfermeiro, farmacêutico-bioquímico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e terapeuta. O projeto altera o artigo 282 do Código Penal que já estabelece a mesma penalidade para o exercício ilegal das profissões de cirurgião-dentista, médico e farmacêutico.

O substitutivo é mais amplo que o projeto original que inclui apenas a medicina veterinária entre as profissões cujo exercício ilegal constitui crime contra a saúde pública. O relator, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), incorporou ao texto as outras profissões previstas no Projeto de Lei 5265/01 da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que tramita apensado ao original: fisioterapia, psicologia, terapia e fonoaudiologia.
Os dois projetos serão encaminhados ao exame da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, ao Plenário.
Agência Câmara. http://www.odontologia.com.br/noticias.asp?id=764&idesp=11&ler=s

Presidente Lula entrega prêmio à Caratinga



Criado pelo Conselho Federal de Odontologia – CFO – com a primeira edição em 2006, o prêmio Brasil Sorridente é um estímulo aos municípios brasileiros para a implantação de políticas públicas de saúde bucal valorizando desde o acesso da população à saúde bucal como também implantação de PSF´s com a Odontologia, a construção dos Centros de Especialidades Odontológicas – CEO´s, a relação de profissionais/população e até as condições salariais das equipes de Saúde Bucal dentre outros.
Ocorrem duas premiações considerando municípios de até 300 mil habitantes e acima. Para concorrerem os municípios inscrevem-se junto aos Conselhos Regionais de Odontologia – CRO - de cada estado da federação. Os CRO´s após criteriosa avaliação através de pontuação encaminham ao CFO o melhor do estado. Com os melhores municípios de cada estado o Conselho Federal elege o melhor do país na implantação de políticas de saúde bucal. Nesse contexto os CRO´s e o CFO consideram para avaliação de entrega da premiação: 1 - Número de habitantes x número de cirurgiões-dentistas da rede pública;2 - Relação entre equipes de Saúde Bucal e equipes do Programa de Saúde da Família e a cobertura populacional alcançada pelas mesmas no município;3 - Maior número de policlínicas e de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em funcionamento no município, de acordo, com o PDR (Plano de Desenvolvimento Regional) do Estado; 4 - Menor índice epidemiológico de cárie dentária em escolares de 6 a 12 anos obtido de acordo com as normas da OMS (Organização Mundial de Saúde);5 - Realização de exames epidemiológicos de cárie dentária e doenças bucais na população acima de 12 anos;6 - O que apresentar melhor desempenho na promoção a saúde bucal do escolar, dos pacientes com necessidades especiais, do idoso, da gestante, do bebê, prevenção, diagnóstico precoce e encaminhamento para tratamento do câncer bucal;7 - O que apresentar programas de capacitação e/ou educação continuada aos profissionais de Odontologia da rede pública;8 - O que promover concurso público para a contratação de profissionais de saúde bucal no PSF e CEO;8 - O que apresentar melhores condições salariais dos profissionais de saúde bucal, especialmente os cirurgiões-dentistas, em relação aos demais profissionais de saúde; e,9 - O que apresentar população com acesso ao sistema público de abastecimento de água fluoretada com acompanhamento do teor de flúor.

O Brasil Sorridente 2008 premiou a cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, como município com mais de 300 mil habitantes. Caratinga foi a vencedora dentre as cidades brasileiras com até 300 mil.
O município vizinho a Manhuaçu recebeu a homenagem e reconhecimento nacional no dia 8 de outubro numa cerimônia em Brasília com as presenças do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Ministro da Saúde, José Temporão, do Coordenador Nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca, e, claro, do Prefeito de Caratinga, Ernani Campos além de outros integrantes da equipe de saúde bucal daquele município como cirurgiões-dentistas – CD´s, auxiliares de consultório - ACD´s – e técnicos em Higiene Dental – THD´s.
Além de Caratinga outros receberam menção honrosa devido aos resultados considerados na premiação como Anápolis(GO), Aracaju(SE), Boa Vista(RR), Bonito(MS), Cambe(PR), Canguaretama(RN), Chapecó(SC), Jaboatão dos Guararapes(PE), Madre de Deus(BA), Manaus(AM), Maringá(PR), Pedras de Fogo(PB), Piripiri(PI), São Gonçalo do Amarante(CE) e Ribamar(MA).

SESI/ACIAM e Armazéns Gerais Leste de Minas levam saúde bucal aos funcionários



Um projeto do SESI/ACIAM vem proporcionando aos funcionários de algumas empresas de Manhuaçu acesso a informações sobre saúde. Com o projeto de “Hábitos saudáveis no ambiente de trabalho” a proposta é a de se levar às empresas interessadas temas relacionados diretamente com a qualidade de vida dos trabalhadores.
No último dia 10 o SESI/ACIAM realizou a palestra sobre saúde bucal dentro dos Armazéns Gerais Leste de Minas dando continuidade ao projeto.
Convidado pelo Prof. José de Picada Rocha, técnico de lazer e esportes do SESI, o Dr. Keller Filgueiras abordou o tema: “Bons motivos para se ter bons dentes” relacionando hábitos saudáveis em odontologia com as relações interpessoais e profissionais abordando assuntos como mau hálito, dicção, boa digestão e boa aparência.
A necessidade de construção de uma sociedade que contemple a verdadeira saúde privilegiando a prevenção já fora iniciada por meio de atitudes empreendedoras como a de se levar informação ao adulto também e não somente à criança. Há de se considerar que a população trabalhadora também deseja entender, assimilar e executar atitudes saudáveis.
Há pouco tempo era possível apenas prevenção em odontologia somente à classe estudantil por um motivo simples: O de se encontrar facilmente várias crianças em um mesmo ambiente e lá promover a saúde usando-se de palestras, escovações supervisionadas e aplicação de fluoretos.
Com esta nova visão empresarial o sucesso já alcançado na prevenção infanto-juvenil em saúde bucal comprovada estatisticamente pelos Levantamentos Epidemiológicos pode ser alcançada também junto aos trabalhadores.
A odontologia que foca há muito a prevenção como a principal forma de propiciar saúde aos estudantes acha agora a abertura para a saúde bucal também do trabalhador graças à visão sócio-empresarial modificando as estatísticas odontológicas brasileiras positivamente.

Hábitos dos pais


Durante uma visita de uma THD – Técnica em Higiene Dental - a uma escola uma criança chamou a atenção para um assunto familiar com grande reflexo na vida dos filhos.
A entrega das escovas e cremes dentais ocorreu. Ao finalizar a THD informou que os kits deveriam ser levados para casa. Nesse momento uma criança perguntou à profissional o porquê de levar, pois lá onde morava ninguém escovava os dentes e que o pai chegara até a reprimir a atitude realizada na escola por julgar desnecessário. Ignorância.
Lamentavelmente essa atitude pode estar ocorrendo muito nos lares menos informados e longe da informação veiculada pela mídia.
São importantes as propagandas divulgadas nos jornais, revistas e na TV. Esta é um grande meio de comunicação de massa e que ao mostrar uma escova dental ou creme dental ou mesmo um clareador demonstra a necessidade de higiene bucal obviamente e a relação saúde da boca e aspectos sociais, porém em muitos locais, principalmente rurais, esse tipo de aparelho não existe. Daí a necessidade de divulgação via rádio por ser esse o meio de comunicação mais democrático existente.
Mas, mesmo em alguns casos percebe-se que mesmo diante da informação correta alguns preferem agir como aquele pai citado devido à cultura do uso da dentadura ser melhor. Infelizmente.
Atitudes corretas de higiene – valendo dizer que não só a bucal – realizada pelos pais revelam aos filhos a necessidade de agir com os devidos cuidados saudáveis sendo bem mais didático e eficiente do que apenas dizer: -“Filho, vá escovar os dentes”.

A valorização da profissão pelo governo atual

Observamos que durante a gestão governamental do atual presidente Luiz Inácio tem ocorrido uma grande valorização da profissão odontológica.
Creio que nunca se viu tamanha divulgação e investimento no setor como o que se percebe nos últimos anos.
A odontologia que era entendida pelos governantes como uma necessidade apenas nas urgências e aqui vale dizer a visão leiga de apenas dor de dentes passou a ser vislumbrada também com outros focos como as especialidades. Embora alguns gestores ainda entendam como antes.
Seguindo a meta do presidente anterior, FHC, que deixou o legado dos Programas de Saúde da Família, porém sem inserção das equipes odontológicas, o atual gestor maior do país consagrou a classe das urgências a tomar posse no contexto da saúde do indivíduo.
Alicerçado pelos estudiosos políticos aliados percebeu que são milhares os Cirurgiões-dentistas interessados no programa seja por qual forem os motivos. Avaliou também que a população em sua grande maioria não tem acesso à verdadeira odontologia e anseia em ter. Desta forma, viu que democratizar a odontologia aos brasileiros traria bons frutos políticos e sociais.
Conseguiu e esta conseguindo inserção de muitos profissionais da equipe como auxiliares e Cirurgiões-dentistas não esquecendo também de especialistas via Centro de Especialidades Odontológicas – CEO´s.
Melhora a cada dia o acesso populacional a esta bonita odontologia e, creio, continuará.
Tem disponibilizado cursos de aperfeiçoamento às equipes dos PSF´s e também das Unidades Básicas de Saúde e só não participam os municípios que não querem enviar profissionais.
Tem alocado recursos financeiros para aquisição de equipamentos e contratação de pessoal.
Tem, assim, valorizado a profissão via divulgação dos seus avanços e quem mais ganhou com isto é o brasileiro.
Creio que de agora em diante a conquista social alcançada pelo povo não mais será perdida como todas as demais não o são e que a partir desta gestão qualquer governante que não seguir o mesmo raciocínio será como um gestor que não propor e executar melhorias no meio-ambiente: Um desatualizado e por que não dizer não servir para o cargo.